5 pontos importantes sobre a AIDS que você precisa saber!
Embora a epidemia de AIDS já se estenda há quatro décadas, ainda há muito estigma e preconceito em torno da doença. Isso se deve em parte à falta de conhecimento, muitas pessoas desconhecem seus termos fundamentais, tratamentos e sintomas.
O principal exemplo é a confusão que muitos fazem entre HIV e AIDS. Que tal aprender um pouco mais sobre essa doença? Basta continuar com a leitura deste conteúdo!
O que é AIDS?
A síndrome da Imunodeficiência Adquirida, ou AIDS, é uma fase da infecção pelo HIV que se caracteriza por um comprometimento significativo do sistema imunológico da pessoa. O vírus que causa a síndrome é transmitido, na maioria dos casos, através do contato sexual desprotegido com alguém portador do vírus.
A Aids é uma fase da infecção pelo HIV em que o paciente apresenta infecções oportunistas e neoplasias.
Isso acontece porque o sistema imunológico da pessoa fica extremamente comprometido, tornando-a mais suscetível a determinados problemas de saúde. Essas doenças têm o potencial de tirar a vida da pessoa.
No entanto, por muito tempo, a doença foi vista como uma sentença de morte; agora, uma pessoa soropositiva é capaz de levar uma vida quase normal. Hoje em dia, a terapia antirretroviral está sendo usada para tratar a doença, embora essa terapia não resulte na cura do paciente.
Confira logo abaixo o que você precisa saber sobre essa síndrome!
1. Como se transmite a AIDS?
É possível transmitir a AIDS através dos seguintes fluidos corporais:
- Semen;
- Sangue;
- Líquido pré-seminal;
- Secreções retais e vaginais;
- Leite materno.
Para transmitir o vírus, é preciso que estes fluidos tenham entrado em contato com os órgãos genitais e a boca, com algum tecido lesionado ou ter sido injetado diretamente na corrente sanguínea. Os meios de contrair os vírus são os seguintes:
- Sexo sem camisinha, tanto anal quanto vaginal. Até mesmo o sexo oral, por mais que o risco seja menor, ainda há chances, especialmente se houver ejaculação dentro da boca;
- Usar agulhas ou seringas de outra pessoa;
- Fazer uma transfusão de sangue contaminado. (Mas isso não acontece no Brasil, pois os bancos de sangue fazem uma testagem e adotam medidas de descarte);
- Uma mãe com AIDS passa para o filho ainda durante a gravidez, no parto ou ao amamentar;
- Usar Instrumentos que furam ou cortam que não foram esterilizados corretamente.
Apesar de ser raro, ainda é possível transmitir o vírus por meio de:
- Mordida, caso seja muito forte e com presença de sangue;
- Beijar de língua quando ambas as pessoas estão com feridas ou sangramentos nas gengivas.
Vale lembrar que você não irá contrair o vírus se beijar, abraçar, segurar a mão, doar sangue, compartilhar sabonetes ou talheres e entrar na piscina.
2. Como se prevenir da AIDS?
Para prevenir-se contra a AIDS, é importante:
- Usar preservativos em todas as relações sexuais;
- Não compartilhar seringas e agulhas, use sempre descartáveis;
- Usar luvas para manipular feridas e líquidos corporais;
- Esterilizar instrumentos que furam ou cortam, antes de usar;
- Testar previamente sangue e hemoderivados para transfusão.
Caso uma mãe já esteja infectada, o indicado é que ela use antirretrovirais durante a sua gravidez, para evitar a transmissão vertical e não amamentar o seu filho, para não contaminá-lo.
3. HIV e AIDS são a mesma coisa?
Muitas pessoas pensam que HIV e AIDS são a mesma coisa, mas é crucial saber como eles diferem um do outro. HIV é o Vírus da Imunodeficiência Humana que, ao infectar alguém, parasita as células de defesa, e pode destruir essas células se a infecção não for tratada.
Quanto à AIDS, é conhecida como Síndrome da Imunodeficiência Adquirida e se manifesta quando a infecção pelo HIV está em um estágio mais avançado e o sistema imunológico da pessoa já está gravemente comprometido, com o surgimento das infecções oportunistas e neoplasias, como a toxoplasmose, a meningite e a tuberculose e as neoplasias mais comuns são sarcoma de Kaposi.
Se uma pessoa com HIV receber tratamento regular, ela não progride para o desenvolvimento da AIDS. E uma pessoa com AIDS pode ser capaz de recuperar a imunidade com o tratamento.
4. Como tratar a AIDS?
Embora não tenha cura, a infecção pelo HIV pode ser controlada. Isso pode impedir que uma pessoa desenvolva o estágio mais avançado da doença, a AIDS.
A terapia antirretroviral é frequentemente utilizada como parte do tratamento, o que é essencial para melhorar a qualidade de vida. Além disso, reduz muito a probabilidade de transmissão para outras pessoas.
Os principais objetivos da terapia antirretroviral são manter a boa saúde dos indivíduos portadores do vírus e manter as cargas virais baixas.
Quando a epidemia começou, o vírus HIV rapidamente se transformou em AIDS. Com os devidos cuidados nos dias de hoje, aqueles que foram diagnosticados com o vírus podem ter uma expectativa de vida quase igual à das pessoas que não estão infectadas.
O TcP é a terapia com medicamentos antirretrovirais que permite que as pessoas com HIV/AIDS atinjam a “carga viral indetectável”. As pessoas que têm HIV/AIDS com carga viral indetectável não apenas experimentam melhorias em sua qualidade de vida, mas também têm chances muito menores de transmitir o vírus para outras pessoas.
5. Quais são os principais sintomas da AIDS?
Os sintomas da AIDS são bem parecidos com os de uma gripe:
- Febre alta;
- Sudorese noturna;
- Diarreia;
- Dor de cabeça;
- Perda de peso;
- Fadiga;
- Tosse seca;
- Dores nos músculos e articulações;
- Dificuldade em se concentrar;
- Inchaço dos gânglios linfáticos inchados;
- Entre outros.
Raramente, uma pessoa pode ter meningite ou problemas neurológicos, como a síndrome de Guillain-Barré. Mas, na realidade, os sintomas geralmente se assemelham aos de uma gripe ou vírus e desaparecem por conta própria, razão pela qual a maioria dos casos passa despercebida.
A íngua e astenia de algumas pessoas podem durar muitos dias ou até semanas, o que pode estar relacionado a uma progressão mais rápida da doença. Vale notar que também há casos em que pessoas soropositivas vivem sem ter os sintomas ou desenvolver alguma doença, podem, ainda podem transmitir o vírus para outras pessoas.
Por fim, o que você achou deste conteúdo? Foi útil para você? Não deixe de compartilhar com os seus colegas e familiares, para que eles também possam entender de uma vez por todas o que é a AIDS e como se prevenir!
Prevenção do HIV: veja as diferenças entre PrEP e PEP
Você conhece a diferença entre PrEP e PEP? Esses são medicamentos que estão inclusos dentro da rotina de prevenção combinada ao HIV, fazendo com que a contaminação seja evitada e que o vírus se multiplique.
Há diversas maneiras de se prevenir contra doenças sexualmente transmissíveis ao fazer uso de preservativos e também de exames de rotina. Essas doenças não são brincadeira e podem afetar gravemente a saúde de uma pessoa se não forem cuidadas.
Hoje em dia, a tecnologia e ciência puderam contribuir grandemente com avanço em pesquisas e desenvolvimento de remédios que trazem uma maior qualidade de vida para pessoas que contraíram IST.
Se você quer saber mais sobre esse assunto, continue lendo.
Qual a diferença entre PrEP e PEP?
O Ministério da Saúde divulgou que no Brasil existiu uma queda de 18,7% nos casos de pessoas infectadas por Aids no período de 2012 a 2019.
Porém, ainda foram confirmados cerca de 37 mil novos casos somente em 2019 que afetaram principalmente as populações mais vulneráveis.
Ao longo dos anos a medicina desenvolveu medicamentos que se mostraram grandes aliados no combate a essa epidemia, que são o PrEP e o PEP. Muita gente nunca ouviu falar ou não sabe a diferença entre ambos e o que eles fazem.
Para que se possa ter melhor compreensão sobre o tema, podemos descrever ambos da seguinte forma:
Diferença entre os dois medicamentos
O PEP é uma abreviação para Profilaxia Pós-Exposição que é a medicação anti-retroviral que ocorre num período de 28 dias após a pessoa ter se exposto ao risco do vírus.
Sendo assim, o medicamento acaba impedindo que o vírus continue no organismo, diminuindo qualquer risco de infecção pelo HIV. O remédio funciona em qualquer motivo, seja:
- Relações sexuais desprotegidas;
- Quando o preservativo rompe ou sai;
- Quando há violência sexual;
- Acidentes com materiais biológicos.
Sendo assim, a PEP deve começar a ser feita num período máximo de 72 horas depois que a situação de risco aconteceu, dando preferência para o início logo após as duas primeiras horas.
Já o PrEP é uma abreviação para Profilaxia Pré-Exposição e ela é uma das tecnologias mais recentes que usa a estratégia de prevenção combinada.
Sendo assim, o indivíduo toma uma pílula diária antes de acontecer alguma exposição de situação de risco, assim, se protege de HIV. Se tomado todos os dias, o medicamento impede que o vírus da Aids infecte o corpo.
Eles são indicados para pessoas que possuem maiores chances de entrar em contato com o HIV. Por exemplo, na relação de um casal onde um possui o vírus e o outro não.
Tomando o medicamento, mesmo que qualquer imprevisto aconteça, impede que a outra pessoa também seja infectada.
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Quanto custa a PrEP e quanto custa a PEP?
Por ser um medicamento tão revolucionário e que ajuda a vida de milhares de pessoas, a tendência é achar que eles são caríssimos de se obter, certo? Porém, ambos medicamentos são oferecidos pelo SUS gratuitamente em todo Brasil.
O uso da PEP deve ser feito com sabedoria, pois para que tenha o efeito esperado, ela deve ser realizada em até 72 horas e ingerida por pelo menos 28 dias certinhos.
Sua taxa de eficácia é alta, não oferecendo risco à saúde. Não há efeitos colaterais preocupantes ao fazer uso do remédio. Além disso, seu uso é para caso de emergência.
Quanto mais rápido ele for iniciado, melhor a eficácia. Já o PrEP é ideal que você procure um profissional para saber a quais riscos você se expõe.
É vital que se tente entender quais são as melhores maneiras de você realizar a prevenção de acordo com o que cada um se sente mais confortável.
Onde conseguir a PrEP?
A PrEP, como dissemos, pode ser encontrada no SUS e também em farmácias. No entanto, é fundamental consultar o médico para que ele receite o medicamento.
Isso porque é necessário instrução para o uso do mesmo, pois tomá-lo de modo incorreto pode ser perigoso. Os efeitos colaterais acabam sendo bem raros de acontecer.
Quem faz uso do medicamento pelo SUS acaba fazendo junto o exame de monitoração da situação. Assim, pode-se avaliar a saúde do indivíduo e ver como anda o tratamento.
Pode-se achar o medicamento em 43 serviços de saúde. A prioridade do medicamento em São Paulo, por exemplo, é para gays, homens e mulheres trans, travestis e casais sorodiferentes.
Isso porque esse é o grupo em que as pessoas estão mais vulneráveis, seja pelo seu parceiro sexual ou por conta da relação sexual com outras pessoas.
É bom conferir quais são as regras em cada estado para que saiba se há alguma diferença ou alguma ordem de preferência.
Número de mortalidade por conta da Aids
É preciso bater na tecla para fixar a importância que a prevenção causa na vida de quem a pratica. O uso de preservativo é fundamental para evitar que situações de risco ocorram.
As DST são muito perigosas e podem fazer com que a qualidade de vida de uma pessoa seja inexistente. Por isso, cuidar da sua vida sexual está dentre os cuidados mais importantes que você pode fazer para não correr risco.
Somente em 2019 houveram registros de 2.049 óbitos por conta da Aids somente no estado de São Paulo. No ano, acumularam-se 120.171 óbitos pelo mesmo motivo.
Por isso, além dos remédios, o uso de camisinha é fundamental, seja na penetração, sexo oral ou anal. É imprescindível que os cuidados prévios aconteçam para que nenhuma situação de emergência ocorra.
Quem toma PrEP pode tomar PEP?
O PEP é usado em situações de emergência. Então se você não faz uso do PrEP, não tem motivos para que você escolha usar o outro medicamento, visto que você já está tomando um que te protege da mesma maneira.
Um serve para proteção contínua e outro para proteção em caso de urgência, como por exemplo, um estupro.
Conclusão
Por fim, vimos então um pouco sobre PrEP e PEP, suas diferenças e como ambos agem no corpo e contra o HIV. A tecnologia avançou muito para que esse tipo de medicamento pudesse existir.
Ainda é necessário que os cuidados básicos de proteção aconteçam. Sendo assim, não hesite em buscar o melhor para você.
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