O que é refração ocular? Saiba a importância de fazer o exame!
A refração ocular é um fenômeno que acontece quando a luz de um ambiente externo passa pelo globo ocular e forma uma imagem na retina. À medida que os feixes de luz se movem de um objeto para outro, eles se curvam.
A córnea e o cristalino focam (refratam) os raios de luz na retina para criar uma imagem nítida. Os erros de refração, que se distinguem pela falta de nitidez na visão, são causados quando os raios de luz se desviam e não conseguem ficar focados na retina.
Continue lendo este conteúdo para saber quais são os erros de refração e a importância de realizar o exame!
O que é refração ocular?
O aparecimento de problemas oculares é tão sutil que, quando você percebe, uma série de sintomas incômodos e restritivos já se instalaram e reduziram a qualidade de sua vida.
Por isso, o check-up anual tornou-se ainda mais crucial. Nele, é feito o exame de refração necessário para diagnosticar problemas de visão antes que eles se tornem um transtorno no dia a dia.
A refração é o processo pelo qual a luz passa pelas várias partes do globo ocular e chega à retina para produzir uma imagem que é então enviada ao cérebro.
Um erro de refração resulta no paciente vendo uma imagem turva, distorcida ou opaca, porque o olho não pode refletir adequadamente a luz. Apesar de serem referidos como distúrbios oculares, os erros refrativos não são doenças.
Há três causas conhecidas:
- Tamanho do globo ocular;
- Irregularidades na córnea;
- Opacidade dos meios ópticos.
Confira logo abaixo os erros de refração mais comuns.
1. Miopia
A miopia é um erro de refração que causa a formação da imagem fora da retina e não direto sobre ela, dificultando a visão de objetos distantes. Uma pessoa com miopia pode ver objetos próximos com clareza, mas objetos mais distantes parecem estar borrados.
A palavra “míope” vem das palavras gregas myo (fechar) e óps (olho), que dão nome ao problema. Pois, míope tem o costume de apertar os olhos para focalizar objetos distantes.
A formação de uma imagem antes da retina acontece quando o globo ocular é mais comprido ou a córnea é mais curvada. Isso faz com que os raios de luz foquem antes da retina.
Na maioria das vezes, a miopia se desenvolve ao longo da fase de crescimento (infância e adolescência) e progride de 20 a 25 anos de idade.
Durante este período, é preciso fazer trocas frequentes de lentes de contato ou óculos (meios de correção da visão). Quando a fase de crescimento termina, a taxa de progresso se aproxima de zero.
O desenvolvimento de miopia em adultos que não tiveram o erro refrativo durante a infância ou adolescência pode estar associado com a diabetes descompensada ou catarata.
A miopia afeta tanto homens quanto mulheres, e aqueles que têm histórico familiar da doença são mais propensos a desenvolvê-la. Os sintomas mais frequentes da miopia são:
- Visão embaçada ao olhar para objetos distantes;
- A necessidade de apertar os olhos ou parcialmente fechar as pálpebras para ver objetos distantes mais nitidamente;
- Crianças não conseguem ler o que está escrito na lousa, mas conseguem ler um livro;
- Dores de cabeça devido a fadiga ocular excessiva;
- Dificuldade ao dirigir um veículo, ainda mais à noite.
2. Hipermetropia
A palavra hipermetropia vem das palavras gregas hyper (aumentado) + metron (medido) + óps (olho). Uma condição visual conhecida como hipermetropia caracteriza-se pela dificuldade em reconhecer objetos próximos.
É o oposto da miopia e ocorre quando o globo ocular é menor ou a córnea é menos curvada. Isso faz com que os raios de luz direcionados aos olhos se concentrem atrás da retina e não em cima, como deveriam para um olho normal.
Embora estudos tenham tentado vincular a questão a fatores ambientais, a hipermetropia é uma condição hereditária. É uma condição comum que afeta a maioria das crianças.
Ao longo dos anos de crescimento, a hipermetropia costuma diminuir em proporção ao crescimento natural dos olhos.
A capacidade do cristalino de acomodar a luz pode permitir que uma pessoa com hipermetropia veja de perto ou de longe, forçando os olhos. Isso pode alterar a forma e a potência da lente intraocular de acordo com as distâncias, trazendo a imagem para a visão central da retina.
No entanto, este esforço leva a sintomas comuns de hipermetropia, como:
- Visão borrada dos objetos próximos;
- Vista cansada;
- Olhos doloridos;
- Dor de cabeça durante a leitura;
- Dificuldades no desempenho escolar nos primeiros anos de aprendizagem.
3. Astigmatismo
O astigmatismo é um tipo de erro de refração que, em um determinado eixo, é causado por uma mudança na curvatura da córnea. É uma condição relativamente comum em que a imagem da retina fica distorcida.
Ou, em outras palavras, objetos próximos e distantes parecem distorcidos para aqueles com essa condição. As imagens ficam distorcidas porque certos raios de luz são focados, enquanto outros não, é considerado leve e facilmente tratável, na maioria dos casos.
Além disso, pode acontecer com qualquer pessoa e normalmente está ligado a outros problemas de visão, como miopia ou hipermetropia. Com o tempo, ele também pode ficar maior.
Uma pessoa pode nascer com essa condição ou desenvolvê-la ao longo de sua vida. No caso do astigmatismo, o olho perfeito, ou olho sem astigmatismo, seria completamente redondo com o mesmo grau de curvatura em todos os eixos que a porção anterior da córnea.
O olho com astigmatismo é como uma bola de futebol americano, que a córnea tem uma curvatura diferente entre um eixo e o outro. Com isso, a imagem passará pela córnea com uma distorção e imagem é chegará à retina com essa imagem distorcida.
Entre os sintomas, é possível citar:
- Visão embaçada/distorcida/dupla;
- Dificuldade para enxergar de perto;
- Dificuldade para enxergar de longe;
- Dores de cabeça;
- Cansaço ocular;
- Dores nos olhos;
- Sensibilidade à luz (fotofobia);
- Confundir letras ou números parecidos;
- Piora da acuidade visual a noite (miopia também causa piora da acuidade visual noturna).
4. Presbiopia
A presbiopia, mais conhecida como visão cansada ou síndrome do braço curto, é um problema de visão que resulta do envelhecimento normal dos olhos. Ou, dito de outra forma, um processo comum que afeta todos nós a partir dos 40 anos.
Um sinal de presbiopia é a dificuldade em focar objetos e a necessidade de afastar o braço para enxergar. Isso significa que, quando não tem foco, as pessoas começam a se afastar ou se aproximar dos objetos para enxergar melhor.
Normalmente, isso acontece como resultado do envelhecimento natural dos nossos olhos. E, vale notar que a presbiopia não é o mesmo que miopia, hipermetropia ou astigmatismo.
A diferença entre eles é que três deles têm problemas de visão relacionados ao globo ocular, ou mais especificamente, sua forma.
Já presbiopia é o processo natural de envelhecimento dos olhos. Em outras palavras, é algo que você não pode evitar e que 100% das pessoas irão passar.
Além disso, o uso indevido de dispositivos eletrônicos que emitem luz azul pode acelerar ainda mais a presbiopia. Logo, é fundamental cuidar da saúde ocular.
Entre os sintomas da presbiopia, estão:
- Dificuldade para conseguir enxergar/focar imagens e letras menores;
- Visão turva ao ler algo que esteja em distância normal;
- Dor de cabeça após fazer tarefas que envolvam a visão de perto;
- Precisar de mais luz quando for enxergar para perto;
- Necessidade de afastar algo que se está lendo;
- Desconforto e ardor nos olhos.
Para que serve o exame de refração ocular?
O teste de refração ocular, muitas vezes conhecido como exame de vista ou teste de grau, é um método não invasivo que mede até onde os olhos de uma pessoa podem enxergar e determina o grau dos óculos ou lentes, se necessário.
O exame observa as condições que levam a erros de refração em todo o campo visual. Ou seja, o caminho que os raios de luz percorrem para produzir imagens no olho. Entre os problemas que é possível detectar com este exame, estão:
- Miopia (visão ruim de longe);
- Hipermetropia (dificuldade em enxergar de perto);
- Astigmatismo (quando a vista fica desfocada);
- Presbiopia (geralmente se manifesta após os 40 anos e é chamada de “olho cansado”), também é diagnosticada com um exame refrativo.
Além de determinar se você tem miopia, astigmatismo, hipermetropia ou presbiopia, o exame também pode ajudar no diagnóstico de outras doenças oculares, como degeneração macular e descolamento de retina, entre outras.
O objetivo de um exame de refração também é monitorar quaisquer problemas de visão existentes para gerenciamento de grau. Por isso, é fundamental fazer exames anuais com um oftalmologista.
Também é necessário estar atento a quaisquer sintomas que sugiram a necessidade de uma consulta. Se você apresentar algum dos sintomas abaixo, agende uma consulta:
- Visão dupla;
- Visão turva;
- Enxergar brilho ou halo ao redor de luzes brilhantes;
- Apertar os olhos;
- Dores de cabeça;
- Tensão ocular (quando os olhos estão cansados ou doloridos);
- Problemas de foco ao ler ou ao usar um computador.
Como é feito o exame de refração ocular?
Com duas ferramentas: o auto refrator, que detecta automaticamente a previsão próxima ao grau real, e o refrator, que é colocado na frente do rosto. O especialista pede à pessoa que identifique qual letra ela enxerga na outra parede da sala enquanto alterna entre várias lentes corretivas e avalia a eficácia de cada uma.
Em crianças pequenas e jovens adultos, o médico pode dilatar a pupila com um colírio específico minutos antes do exame para permitir diagnósticos mais precisos.
A manutenção da saúde ocular deve ser uma parte regular de sua rotina. Há uma série de testes que podem ser usados para diagnosticar problemas de visão e tornar isso possível, como o exame de refração.
Por que é importante fazer o exame de refração?
Mais comumente conhecido como exame de grau ou de vista, ele ajuda um oftalmologista a identificar dificuldades de grau visual para que as lentes de contato ou óculos mais apropriados possam ser recomendados para correção.
O objetivo de um teste de refração é analisar a estrutura e a função do olho, o que é crucial para a detecção precoce de doenças silenciosas. Mais de um tipo de erro refrativo pode coexistir nos olhos ao mesmo tempo, incluindo astigmatismo, hipermetropia e miopia com astigmatismo, etc.
De quanto em quanto tempo preciso fazer exame de refração?
Quem ainda não teve nenhum problema ocular diagnosticado deve fazer exames de refração a cada três a cinco anos. Mas, qualquer problema que surja, como deterioração da visão, visão embaçada ou outras alterações, requer uma visita ao oftalmologista.
Ao usar lentes de contato ou óculos, você deve realizar um teste do refrator uma vez por ano, ou a cada dois anos. A partir dos três anos, as crianças devem realizar um teste do refrator a cada um ou dois anos.
Todos os anos, pessoas com diabetes devem fazer um exame oftalmológico porque condições como glaucoma e retinopatia diabética estão ligadas à doença.
E, qualquer pessoa com mais de 60 anos ou com histórico familiar de glaucoma, que ocorre quando a pressão se acumula no olho e danifica a retina e o nervo ocular, deve fazer um teste de refração anualmente.
Exames regulares ajudarão seu oftalmologista a detectar glaucoma e outras condições oculares relacionadas ao envelhecimento e, se possível, tratá-las o quanto antes.
Conclusão
Mais comumente conhecido como exame de vista ou de grau, o teste de refração ajuda um oftalmologista a identificar dificuldades de grau visual para que as lentes de contato ou óculos adequados possam ser recomendados para correção.
E você, o que você achou deste conteúdo? Você pôde ver no artigo que um teste de refração é necessário para determinar a gravidade dos problemas visuais de cada paciente.
Dessa forma, é possível escolher o melhor curso de ação para tratar o problema. Não esqueça de compartilhar com os seus amigos, caso eles também sofram com algum problema de visão ou apenas tenham interesse sobre o assunto!
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Doenças dos olhos: os 13 problemas que atrapalham sua visão
Muitas pessoas podem sofrer com alguma doença dos olhos específica ao longo da vida, ou até mais de uma patologia. Engana-se então quem pensa que a região é afetada somente pelas clássicas doenças como miopia, glaucoma, catarata, etc.
Há muito mais coisas que podem surgir nos olhos e que devem gerar um maior cuidado e cautela com essa área. No entanto, nem todos sabem distinguir os sintomas de uma doença ocular e podem acabar negligenciando algo grave.
Se você tem dúvidas a respeito do tema e quer saber mais sobre como identificá-las, continue lendo este conteúdo.
Quais são as doenças dos olhos mais comuns de existirem?
Sintomas como olhos vermelhos, visão embaçada, tremor nos olhos, desconforto visual, tudo isso por tempo prolongado acaba sendo um sinal de que as coisas não andam como deveriam dentro do organismo.
E se nenhuma medida for feita para que se resolva esses sintomas, a visão pode correr graves riscos de ser afetada permanentemente. Diversas outras patologias também podem gerar problemas de vista. Veja então abaixo.
Astigmatismo
Uma das doenças mais comuns e conhecidas entre as pessoas. Ele causa uma visão distorcida, fazendo com que a pessoa tenha dificuldade para enxergar.
A solução mais comum para isso é o uso de óculos ou, em casos mais sérios, fazer o transplante de córnea.
Blefarite
Esta, é uma inflamação causada nas pálpebras. No entanto, a manifestação desta patologia vai depender muito de pessoa para pessoa.
Quem possui a pele mais oleosa ou tem tendência ao desenvolvimento de caspa, pode vir a desenvolvê-la. Isso porque a doença causa uma certa irritação na base dos cílios.
Essa irritação é uma produção de escama que parece com uma caspa. Porém, tratá-la é mais fácil do que se pensa. Basta fazer a:
- Limpeza da área;
- Compressa;
- Medicamentos.
Catarata
A catarata é uma das principais doenças oculares existentes dentre as pessoas de mais idade. A doença se caracteriza como a perda de transparência do cristalino, uma lente natural do olho.
Aos poucos, a doença vai tomando conta dos olhos e fazendo com que as imagens fiquem embaçadas. Possuem relação direta a causas congênitas, diabetes e traumas nos olhos.
Se não cuidadas a tempo, a doença pode causar cegueira. A única solução para resolvê-la é fazendo cirurgia.
Ceratocone
Doença hereditária causa uma deformação na parte do centro da córnea. Ela também pode acabar se manifestando em pessoas que coçam demais os olhos.
A pessoa com essa doença costuma sofrer com alguns fatores que vão além da visão embaçada, que é então o seguinte:
- Ter perda de foco;
- Pouca visão noturna;
- Dificuldades de se adaptar à luz.
Para resolvê-la, é preciso fazer uso de lentes ou óculos. Dependendo do caso, a cirurgia também resolve. É bom sempre acompanhar junto a um oftalmologista pois essa é uma doença que pode causar a perda de visão.
Conjuntivite
Uma inflamação da conjuntiva, muito comum em qualquer idade, mas principalmente em crianças por conta do constante contato das mãos nos olhos.
A doença pode ser bacteriana, viral ou alérgica. Nos dois primeiros casos, ela é contagiosa. Em especial porque ela faz com que os olhos fiquem lacrimejando.
O tratamento é feito com antibiótico, higienização da área e isolamento para não infectar outras pessoas.
Glaucoma
Doença grave que pode levar à cegueira. Isso porque o nervo óptico sofre danos constantes causados pelo aumento da pressão intraocular.
Assim como a catarata, costuma atingir pessoas de mais idade. Por ser uma doença que pode não dar sinais, é importante que pessoas com mais de 60 anos façam exame oftalmológico frequentes.
Hipermetropia
Um defeito anatômico pode causar a hipermetropia. Assim, quem a possui tem muita dificuldade de conseguir enxergar de perto, tendo problemas de dores de cabeça com frequência.
Assim como os outros problemas de visão que causam distorção de imagem, a doença pode ser tratada por uso de óculos ou lente.
Miopia
A miopia é a doença dos olhos mais comum que atinge a população. Ocorre quando há um defeito anatômico nos olhos causando visão embaçada quando vista de longe.
Pode ser corrigida então com lentes, óculos ou cirurgia.
Retinopatia
Condição que causa lesão na retina e nos vasos sanguíneos. Tem ligação com doenças sistêmicas que podem gerá-la como a retinopatia diabética, que vai danificando os vasos por conta de um excesso de glicose no sangue.
É diagnosticada por meio de exame e deve ser sempre acompanhada, isso porque se não tratada, pode gerar cegueira ou outras consequências graves.
Terçol
Geralmente acontece quando a glândula da pálpebra entope por conta de oleosidade ou por resíduos de maquiagem. Sendo assim, forma-se uma bolinha que causa dor e inchaço.
O tratamento é feito com pomadas, compressas e remédios anti inflamatórios.
Degeneração macular relacionada à idade
Aparece em geral, em pessoas acima de 60 anos de idade. Causa a degeneração da área central da retina, trazendo dificuldades na visão central.
Geralmente, seus danos são irreversíveis, porém há a possibilidade de freá-la usando óculos e por meio de um acompanhamento nutricional.
Presbiopia ou vista cansada
Este é um problema comum que vem com a idade por conta do cristalino perder a elasticidade com o tempo. A maior dificuldade aqui é para enxergar de perto.
No entanto, a forma de evitar que isso seja um problema, é usando óculos na hora da leitura.
Por exemplo, exame ocular que ajuda a diagnosticar todas essas doenças:
- Paquimetria ultrassônica;
- Pentacam;
- OCT (tomografia de coerência óptica);
- Campimetria (Exame de campo visual ou perimetria ocular);
- Retinografia e angiofluoresceinografia;
- Topografia corneana ou topografia de córnea.
Conclusão
Por fim, fica claro através deste conteúdo o quão importante é marcar sempre que necessário uma consulta para verificar a condição de sua visão.
Principalmente se você já tem algum tipo de patologia, deve sempre acompanhá-la para saber se ela se agravou ou não.
As doenças oculares são perigosas porque podem levar à cegueira em caso de não serem tratadas. Portanto, toda a atenção a essa área se faz necessária para que não se tenha graves complicações.
Conte aqui quantos desses problemas você tem ou já teve e compartilhe este conteúdo com mais pessoas.