Tuberculose: Quais são os principais sintomas?

A tuberculose, também conhecida como “tisica pulmonar”, é uma doença infectocontagiosa muito antiga. Os órgãos mais afetados são os pulmões, porém, outros órgãos como pele, ossos e gânglios também podem ser afetados.

É crucial determinar o tipo de tuberculose com base nos sintomas da pessoa e nos achados dos exames. Pois só assim pode se iniciar o tratamento ideal para combater a bactéria e interromper a progressão da doença.

Para saber quais são os principais tipos e sintomas de cada um, basta continuar lendo este conteúdo!

 

O que é tuberculose?

Uma doença conhecida como tuberculose é causada pelo Mycobacterium tuberculosis, também chamado de bacilo de Koch (BK), que entra no corpo pelas vias aéreas superiores e se instala nos pulmões ou em outros locais do corpo.

É crucial que a pessoa procure um médico especialista assim que os primeiros sintomas sugestivos de tuberculose aparecerem. Isso permitirá o início precoce do tratamento, que é feito com uma combinação de antibióticos, na maioria dos casos.

Grande parte das pessoas podem servir como incubadoras do bacilo de Koch, embora nunca apresentem sintomas da tuberculose. Segundo o Ministério da Saúde, 70 milhões de brasileiros são diagnosticados com tuberculose a cada ano.

 

Quais os tipos de tuberculose e seus sintomas?

Além da tuberculose típica, há outros tipos que têm ligação com a área do corpo que a doença afetou

Além da tuberculose típica, há outros tipos que têm ligação com a área do corpo que a doença afetou. Confira logo abaixo quais são eles!

1. Tuberculose pulmonar

Esse é o tipo mais comum da doença e é o resultado da entrada bacteriana no trato respiratório superior e alojamento nos pulmões.

A tuberculose pulmonar caracteriza-se por tosse frequente e seca, com ou sem sangue. Aliás, a tosse é o principal meio de transmissão porque as gotículas salivares liberadas durante a tosse têm os bacilos de Koch, que podem se espalhar para outras pessoas.

Sintomas e tratamentos

Entre os sintomas mais comuns desse tipo, é possível destacar

Como não há custo para o tratamento da tuberculose, quem estiver em dúvida se tem a doença, deve procurar atendimento médico imediato em um hospital ou unidade de saúde.

O curso do tratamento inclui o uso de medicações por cerca seis meses seguidos, ou conforme orientação do médico. O plano de tratamento ideal para tuberculose consiste em rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol.

A pessoa deverá ficar isolada nos primeiros 15 dias. Isso porque, ainda tem o potencial de espalhar a bactéria para outras pessoas.

Após esse tempo, poderá retomar a sua rotina regular e continuar tomando os seus medicamentos. Mesmo quando o paciente melhorou e os sintomas sumiram ainda é preciso continuar com os medicamentos prescritos.

Isso evita que a bactéria se torne mais forte e resistente aos antibióticos. Lembre-se que o médico deve decidir quais medicamentos o paciente irá tomar e por quanto tempo o tratamento será feito.

2. Tuberculose miliar

O nome “tuberculose miliar” vem das várias lesões microscópicas que se desenvolvem nos pulmões, do tamanho de sementinhas. Esse tipo de tuberculose pode afetar um ou mais órgãos ou todo o corpo.

Ela afeta com mais frequência os pulmões, o fígado e a medula óssea. Mas pode afetar qualquer órgão, como as meninges e a membrana de duas camadas que envolve o coração.

A tuberculose miliar tende a acometer mais:

Sintomas e tratamentos

Quando a tuberculose miliar acomete os pulmões e a medula óssea, os sintomas que pode gerar incluem:

O comprometimento pulmonar é difuso e o acometimento da medula óssea costuma provocar:

Manifestações gastrointestinais costumam ser comuns e incluem:

A gama de sintomas e sinais associados à tuberculose militar é bem diversa e depende dos sistemas e órgãos afetados. Os antibióticos são administrados de seis a nove meses.

Caso as meninges sejam afetadas, usa-se antibióticos por nove a doze meses. Se as meninges ou o pericárdio forem afetados, os corticosteróides podem ser úteis.

3. Tuberculose ganglionar

A segunda tuberculose mais frequente é a ganglionar, que perde apenas para a pleural. No entanto, esse é o tipo mais comum em crianças e adolescentes.

De forma resumida, trata-se de uma doença infecciosa que atinge os gânglios linfáticos, que são pequenos órgãos de defesa presentes em todo o corpo. É mais sentida nas regiões do pescoço e tórax, porém, também pode afetar as axilas, a virilha e o abdômen.

Esse tipo de tuberculose é bem comum e se caracteriza pela presença do Mycobacterium tuberculosis, que também causa a manifestação mais convencional da doença.

Mas, vale ressaltar que as pessoas com tuberculose ganglionar tendem a não disseminar a doença com a mesma frequência que aquelas com o tipo pulmonar.

Sintomas e tratamentos

Devido à localização, os sintomas da tuberculose ganglionar diferem do pulmonar. Qualquer grupo de gânglios do corpo pode ser acometido por essa doença, mas a maioria dos casos ocorre na cadeia cervical, próxima ao pescoço.

Entre os sintomas, estão:

O curso do tratamento é longo, pelo menos seis meses, mas muito eficaz e indolor. É aconselhável que o paciente tenha uma combinação de quatro medicamentos, além de um plano de tratamento direcionado.

O curso usual de tratamento envolve o uso de antibióticos por pelo menos seis meses e, em certos casos, a remoção cirúrgica da glândula infectada.

É vital notar que, ao contrário de sua versão mais famosa, este tipo de tuberculose não é contagioso e pode ter relação a um sistema imunológico enfraquecido.

4. Tuberculose óssea

A bactéria Mycobacterium tuberculosis se espalha pela corrente sanguínea e se instala nos ossos e articulações, em principal na coluna, joelhos e quadril.

Sendo assim, leva ao surgimento de certos sintomas como dor onde a bactéria se encontra devido à perda de massa óssea, rigidez nas articulações e dificuldade de locomoção.

A ocorrência de tuberculose óssea é mais comum em crianças e idosos, tornando-se crucial o reconhecimento da infecção logo que surgem os primeiros sintomas e sinais.

Ao fazer isso, já pode iniciar o tratamento antibiótico e evitar possíveis complicações.

Sintomas e tratamentos

Os sintomas desse tipo de tuberculose passam a surgir conforme a bactéria gera a perda de massa óssea e inflamação as articulações, sendo os principais:

É possível que surjam complicações nos casos em que a tuberculose óssea não é devidamente identificada e tratada, incluindo deformidade óssea, fadiga, encurtamento da perna, o que pode favorecer a escoliose e até a paralisia.

Recomenda-se o uso de uma combinação de antibióticos para tratar a tuberculose óssea e auxiliar na remoção da bactéria.

Além disso, a fisioterapia pode ser boa para diminuir o desconforto e a dor causada. Ao mesmo tempo em que aumenta a mobilidade das articulações e fortalece os músculos.

5. Tuberculose pleural

A pleura é uma membrana fina que cobre os pulmões, quando infectada pelo bacilo de Koch, resulta em sintomas como febre, tosse, falta de ar e dor no tórax.

Esse é mais um tipo de tuberculose extrapulmonar, que se manifesta fora dos pulmões em órgãos como osso, gânglios, garganta ou rins, é um dos tipos mais comuns.

Essa condição é mais prevalente em pessoas com sistema imunológico comprometido, como aqueles com AIDS, câncer ou usam corticoides, por exemplo.

O bacilo de Koch não está presente nas secreções dos pulmões, dificultando sua disseminação por meio da tosse ou do espirro. Como resultado, a tuberculose pleural não é contagiosa.

Desta forma, a aquisição deste tipo de tuberculose requer o contato com indivíduos que tenham tuberculose pulmonar.

Sintomas e tratamentos

Os principais sintomas da tuberculose pleural são:

Na maioria das vezes, o primeiro sintoma a surgir é a tosse, que vem com uma leve dor no peito. Depois de algumas horas, os outros sintomas começam a se desenvolver e piorar até que a pessoa tenha dificuldade para respirar e uma sensação de falta de ar.

Em certos casos, mesmo sem tratamento, a tuberculose pleural pode se curar por conta própria. No entanto, na maioria dos casos, a condição é tratada com uma combinação de quatro antibióticos chamados rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol.

 

Quais são as principais causas da tuberculose?

O agente patogênico (causador da tuberculose) é o bacilo de Koch, também conhecido cientificamente como Mycobacterium tuberculosis, que se espalha de pessoa para pessoa por meio de gotículas minúsculas transportadas pelo ar.

O agente patogênico (causador da tuberculose) é o bacilo de Koch, também conhecido cientificamente como Mycobacterium tuberculosis, que se espalha de pessoa para pessoa por meio de gotículas minúsculas transportadas pelo ar.

Quando uma pessoa com um tipo ativo de tuberculose não é tratada, esses germes microscópicos podem ser liberados no ar através da fala, ao tossir, espirrar ou até mesmo rir e cantar.

Mesmo que a tuberculose seja contagiosa, é difícil de se espalhar (causar a contaminação de outras pessoas). As pessoas que mantêm contato diário com outra pessoa (alguém com quem moram ou trabalham) têm maior probabilidade de contrair tuberculose.

O mais raro é que um estranho com quem você tenha contato esporádico espalhe tuberculose. Grande parte das pessoas que tiveram um tratamento adequado com fármacos por, no mínimo, duas semanas, já não são mais contagiosas.

Há grupos de pessoas mais propensos a contrair a doença?

As pessoas que têm um sistema imunológico comprometido (mecanismo de defesa do corpo) são mais propensas a contrair uma infecção. Muitas vezes, um sistema imunológico saudável é capaz de resistir bem às bactérias da tuberculose.

Como resultado da diminuição da capacidade de defesa do organismo, tanto os portadores do HIV quanto os diabéticos, fumantes, que bebem álcool em excesso e usuários de drogas, bem como aqueles com liberdade restrita.

As defesas orgânicas dos primeiros, de uma forma ou de outra, são diminuídas, e os últimos continuam em condições em que permanecem expostos ao bacilo.

Como se pega a bactéria da tuberculose?

Mycobacterium tuberculosis, muitas vezes conhecido como bacilo de Koch, é o micróbio que causa a tuberculose, como dito. A transmissão se dá por meio das vias aéreas.

Mas, ao contrário do que podemos pensar, acontece mais pelo contato com a pessoa que tem tuberculose do que com qualquer um de seus bens. Uma pessoa com tuberculose exala pequenas gotas de saliva infectada ao falar, tossir ou espirrar.

Essas gotículas podem entrar nas vias aéreas de outra pessoa e infectá-la. O risco de aspirar o bacilo aumenta quando se passa mais de quatro a seis horas por dia com a pessoa infectada.

Embora o contato com uma pessoa que tenha tuberculose seja a principal causa da doença, é necessário que ela tenha um sistema imunológico fraco para que a doença surja.

Os alvos mais suscetíveis à essa doença são pessoas imunodeprimidas, como pessoas com HIV positivo, que tratam algum tipo de câncer ou que tomam imunossupressores.

Há também certos fatores que tendem a diminuir a imunidade de uma pessoa, tais como:

É possível prevenir a tuberculose?

O principal método de prevenção da tuberculose é com a vacina BCG (Bacillus Calmette-Guérin), disponível gratuitamente no SUS. A vacina protege contra as formas mais graves da doença, como tuberculose miliar e meningite.

Deve ser administrada às crianças logo após nascerem ou, o mais tardar, até a idade de 4 anos, 11 meses e 29 dias. É necessário avaliar os familiares e outros contatos do paciente como outra medida preventiva para garantir que eles não desenvolvam a forma ativa da tuberculose.

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